quarta-feira, 9 de março de 2011

Um grande passo!


9 de março de 2011

Hoje realizei um treino marcante. Creio que corri por uma hora e meia. Uma vez mais, não consegui marcar o tempo exato. Desta vez, ao contrário de ontem, verifiquei exatamente a hora de saída – mas depois a esqueci! Cheguei em casa às oito e meia. Considerando que o percurso de hoje foi razoavelmente extenso, não acredito que poderia tê-lo vencido em apenas uma hora. Então, concluo que corri por uma hora e meia. Tenho certeza de que não pode ter sido mais do que isso.

Levando em conta que a corrida foi à noite, e que escolhi um trajeto um tanto difícil, esse treino foi uma conquista importante. Saí com o último vestígio de luz do dia, e logo estava avançando na beirada das ruas, prestando atenção nos veículos que passavam de faróis ligados, valendo-me desses ocasionais lampejos de claridade para enxergar melhor o chão onde pisava. Outra vez, convenci-me de que é excessivamente arriscado correr no escuro. Mas a verdade é que gosto disso, pois há uma sensação de “aconchego” em estar envolvido pela noite. Na semiescuridão, somos apenas eu e a pista. Em todo caso, reconheço que isso não é o ideal, e que é muito melhor correr durante o dia. Tentarei.

Outro fator que tornou a corrida de hoje especial foi que mantive um ritmo forte quase todo o tempo. Mas, dentro de uma limitação que me impus, a título de experiência: ao invés de forçar “saltos”, em que cada passada faz os pés separarem-se do chão, concentrei-me em limitar os passos de modo que um pé só se erguesse depois que o outro já tivesse pousado. Isso confere um aspecto um tanto engraçado à corrida, que fica parecendo uma caminhada em ritmo bem acelerado. Do meio para o final, e principalmente nos trechos finais, acelerei o ritmo a ponto de dar passadas mais largas, mas mesmo aí não foi nada excessivo. Foi como se eu treinasse um trote. E faz sentido: antes de fortalecer a corrida, devo aprender a trotar. Com isso não quero sugerir que foi fácil. No fim, fiquei um pouco ofegante. O que importa é que mantive um ritmo intenso e regular, e nem por isso me “acabei”.

Mais importante ainda: desde o início, fechei a boca e respirei pelo nariz. Sempre tive tendência a respirar pela boca, e hoje várias vezes me senti tentado a fazê-lo. Mas aí descobri uma coisa interessante: depois de meia hora respirando pelo nariz, fiquei apegado a esse método de respiração e comecei a resistir à ideia de mudar. Nas poucas ocasiões em que aspirei pela boca, tive uma sensação ruim, como se o ar estivesse carregado de poeira. E talvez estivesse mesmo, afinal o nariz atua exatamente como um filtro. Preferi me limitar a expirar pela boca, algumas vezes. Isso proporciona uma sensação bastante reparadora.

Para resumir, hoje corri por um trajeto mais longo, em condições mais difíceis, impondo-me um ritmo mais acelerado, pisando de uma maneira nova e respirando corretamente. Com exceção do fato de ter corrido à noite, tudo isso é muito positivo, é um método que funciona para mim e que pretendo seguir daqui por diante. Minha expectativa é que, depois de consolidar um ritmo de corrida “contido”, eu me torne capaz de impor um ritmo mais forte.

Acredito que obterei um bom condicionamento se persistir nos treinos. Desejo, de maneira realista, fortalecer minha saúde e conservá-la pelo máximo de tempo que puder. Acredito que ninguém precisa chegar à idade avançada com a "bateria gasta". Parece-me razoável supor que, se uma pessoa cuida bem da saúde, permanecerá livre dos maiores riscos do tempo. Eis uma ideia que vale a pena experimentar!

É o plano que pretendo colocar em prática nos dias, semanas, meses e anos que me aguardam. Felizmente, tenho uma grande fonte de inspiração, o mestre Gump, que sempre buscou ir mais além foi assim que se tornou um grande corredor. (E como se não bastasse, também jogou futebol americano, lutou no Vietnã, competiu num torneio de ping-pong, pescou camarões e sei lá mais o quê. Mas só estou interessado na corrida.) Que a sabedoria de Gump fique com este bloguista pelos quilômetros afora!