segunda-feira, 28 de março de 2011

Diário da estrada – 21 a 27 de março de 2011


21 de março de 2011 – Saída às seis e quinze, volta às sete e vinte e três. Trajeto até a academia. Mas parei no supermercado, pois precisava fazer compras.

Eu estava me sentindo bem “chumbado” quando saí. Sei lá, devo ter comido algo que não me “caiu” muito bem. Certo enjoo, mal-estar... O importante é que consegui correr. O movimento trata de pôr o corpo “nos eixos”, por sorte.

Preciso verificar se consigo manter uma rotina de corridas, sempre nesse horário, no mesmo trajeto e com a mesma duração.

Tempo de hoje: 1h 8min.

22 de março de 2011 – Saí às seis em ponto, voltei às sete e cinco. É muito bom sair com o dia ainda claro e voltar antes da escuridão total. Fiz o trajeto até a academia; se começar a frequentá-la, precisarei adiantar um pouco a hora de saída, a fim de evitar o retorno no breu. Isso significa que precisarei sair, no máximo, às cinco e vinte.

Hoje não me senti mal. Sinto umas fisgadas nas canelas, mas acredito que isso faz parte da adaptação. Em alguns trechos, experimentei correr com passos mais curtos, e constatei que é uma boa maneira de evitar pisadas ruins.

Hoje não me preocupei com a velocidade. Acho que minha tendência é me preocupar cada vez menos com isso. Quero dizer que, embora eu acredite que é importante melhorar a velocidade – procurar correr sempre um pouco mais rápido do que o ritmo natural –, a minha maior satisfação resulta de vencer a distância e não de correr depressa.

Será que algum dia participarei de uma prova?

Tempo de hoje: 1h 5min.

23 de março de 2011 – Corri à noite, outra vez. Saí às sete, voltei pouco mais de uma hora depois. Fiz quatro idas e voltas numa rua perto daqui. Havia poucos carros, o ar estava meio frio, e no céu só as estrelas brilhavam. Embora tenha começado devagar, pesadão, logo ganhei ritmo, e acabou sendo uma ótima corrida.

Detalhe: na volta, sentia dor num dos tornozelos; mas saí outra vez, de bicicleta, para fazer umas compras, e quando retornei a dor havia passado. Parece que a pedalada serviu como uma “massagem” no tornozelo. Muito bom.

Tempo de hoje: 1h 8min.

24 de março de 2011 – Dormi pouco, à noite. No final da tarde, senti-me cansado demais para correr. Além disso, o outro tornozelo começou a estalar. Sério: faz um “clec” ao ser forçado. Por ora, o mais indicado é repousar.

25 de março de 2011 – Eram seis e vinte e dois quando saí. Voltei às sete e quarenta e sete. Acontece que me senti meio mal no caminho. Por isso, na volta, precisei andar em alguns trechos.  Ah, também entrei na academia, para me informar sobre horários, e isso consumiu mais alguns minutos. Enfim, cheguei.

Tempo (só de corrida): +/- 1h 10min.

26 de março de 2011 (sábado) – Um cochilo à tarde acabou com meus planos. Poderia ter saído no escuro, mas hoje teria sido demais. Estava cansado.

27 de março de 2011 (domingo) – Hoje fiz um importante progresso. Foi meu segundo grande passo, desde que recomecei a correr. Saí cedo, carregando o celular, com o despertador programado para tocar em cinquenta minutos. Avancei até esse ponto, e então voltei.

A corrida teve início às seis e trinta da manhã. Teria sido melhor começar alguns minutos mais cedo, para pegar aquela penumbrazinha gostosa do fim da madrugada, mas não foi possível. De qualquer modo, fazia uma linda manhã, com céu bastante azul, ar muito límpido e fresco, e silêncio por toda parte. Fui em direção à praia e, pouco antes de chegar ali, enveredei por uma longa avenida, que se estende até o bairro vizinho. Depois recordei que já havia passado por ali, de ônibus; mas, enquanto a percorria correndo, minha sensação era de absoluta surpresa: é um belo caminho, ladeado de muito verde, sem muitas construções, e que em certa altura tangencia um pequeno lago. Eu estava curioso quanto à distância que conseguiria avançar antes de ouvir o despertador, e ele esperou para tocar exatamente quando cheguei no fim da avenida. Durante toda a ida, não me preocupei com o calor, pois o sol permaneceu escondido atrás das nuvens; apenas na volta, resolveu se mostrar. E foi apenas na volta que comecei a me sentir cansado; de repente, senti as pernas pesadas, de modo que precisei diminuir o ritmo, quase ao ponto de uma caminhada em ritmo mais veloz. Felizmente, consegui acelerar outra vez, e ao terminar me sentia bastante cansado, mas não totalmente exausto. Encerrei às oito e onze, quando parei num supermercado para fazer compras.

Sim, hoje foi um grande passo. Estou colocando em prática o meu plano de aumentar a duração das corridas de final de semana. Agora, o desafio é consolidar esse avanço, condicionando-me a percorrer essa distância, até que isso se torne fácil.

Meu objetivo é tornar-me, cada vez mais, um fiel discípulo do grande mestre Gump.

Tempo de hoje: 1h 41min.