domingo, 20 de março de 2011

Diário da estrada – 11 a 20 de março de 2011


11 de março de 2011 – Não corri hoje. Acho que, se tivesse tentado, teria sentido ainda mais dificuldade do que senti ontem – as pernas estavam mais doloridas, o risco de lesão era maior. Em todo caso, pela manhã precisei ir ao centro da cidade, e à noite passeei com uma amiga, de modo que não tive tempo para fazer um teste.

Nessa ida ao centro, aproveitei a caminhada para dar uns “disparos” – subir correndo uma ladeira, correr algumas centenas de metros pelas calçadas. (Eu tinha uma hora marcada e precisei acelerar para não ocorrer um atraso.) Foi o bastante! O calor da manhã logo encerrou essa corrida improvisada.

12 de março de 2011 (sábado) – E dê-lhe chuva!

13 de março de 2011 (domingo) – A chuva parou no final da tarde. Saí para correr com a última claridade do dia. Outra vez, à noite! A corrida durou uma hora e meia (na verdade, oitenta e cinco minutos). Mas fiz uma ligeira parada para ver a névoa sobre a praia e as gaivotas, que pareciam pequenos fantasmas cruzando o céu. Pensei em repetir o trajeto longo da outra noite, mas decidi que só voltarei a percorrê-lo com luz.

Não me concentrei tanto hoje, por isso as passadas foram menos cuidadosas, embora eu acredite que já me acostumei a pisar macio. Também não respirei pelo nariz o tempo todo, embora por trechos razoáveis isso tenha ocorrido naturalmente. Dei alguns “tiros” (se é que posso chamar assim as minhas aceleradas), e acabei a corrida num ritmo legal, o que representa sinal de progresso.

Correr é uma das melhores coisas que alguém pode fazer por seu próprio bem-estar físico e psicológico. Simplesmente é muito bom. A vida é como uma maratona, e como enfrentar uma prova assim sem condicionamento? Os anos “roubam” um tanto da resistência, então cumpre compensar isso... e começar a fazê-lo o mais cedo possível.

Na verdade, tenho um plano: ganhar preparo suficiente para ir correndo, todos os dias, a uma academia perto de minha casa (ou, nem tão perto assim). Aí poderei emendar exercícios de força com a corrida, que é um treino de resistência. Nos finais de semana, planejo cobrir percursos mais longos, fazer uns passeios mais demorados pela cidade.

Em primeiro lugar, o que desejo é estabelecer um mínimo de cuidado com minha saúde: capacitar-me para enfrentar o que resta de minha maratona!

Tempo de hoje: 1h 25min
Distância: e eu que sei?

14 de março de 2011 – Hoje a corrida durou uma hora e cinco minutos. Fiz o percurso até a academia em que pretendo me matricular. É bom me limitar a esse trajeto, já que pretendo percorrê-lo de segunda a sexta.

Foi um teste. Estava frio, ventava, e eu queria saber se isso prejudicaria a corrida. Não foi o caso, devido ao calor que a corrida produziu. O que mais me incomodou foi a escuridão, pois outra vez atrasei a saída. Cansei de correr à noite.

O motivo do atraso foi ter lanchado às cinco. Comi uma maçã e uma fatia de pão, esperando que às seis estivesse ok. Mas, nesse horário, ainda me senti um pouco cheio, de modo que fui adiando até seis e quarenta. Muito tarde!

Devo sair às cinco e meia, no máximo. Às seis, estou na academia. Posso fazer ginástica até seis e quarenta, digamos. Então, volto com a última luz do dia. E seria ainda melhor adiantar esse plano em dez ou vinte minutos.

Observação: Hoje prestei mais atenção à maneira de pisar. Repeti o estilo meio “caminhandão” de dias atrás. Quando não se enxerga bem o chão, isso é mais do que recomendável. E respirei quase o tempo todo pelo nariz. Muito bom.

Tempo de hoje: 1h 5min

15 de março de 2011 – Nada de corrida, hoje.

16 de março de 2011 – E nada de corrida.

17 de março de 2011 – E nada de corrida.

18 de março de 2011 – E nada de corrida

19 de março de 2011 (sábado) – Foram quatro dias sem correr. Nos dias 15 e 16, senti-me chumbado, dolorido por causa das corridas anteriores. Nos dias 17 e 18, o que tive foi preguiça mesmo. Estou voltando à corrida depois de meses parado, o que significa que estou me readaptando, e acho que é natural ocorrerem alguns hiatos.

Mas hoje voltei à carga. Às sete da manhã, peguei a estrada e segui aquele trajeto longo do dia 9. Desta vez, marquei o tempo, e foi uma surpresa: apenas uma hora. Na primeira vez que o percorri, tive a impressão de que demorei mais. Deixei-me impressionar por ser uma longa reta em campo aberto, o que pareceu aumentar o tempo.

Meu objetivo é me acostumar a correr, no mínimo, por duas horas seguidas, nos finais de semana. Essa era minha marca tempos atrás, e quero recuperá-la.

Tempo: 1h.

20 de março de 2011 (domingo) – Ida e volta duas vezes, cobrindo duas ruas razoavelmente extensas. A segunda delas, incluí hoje no meu itinerário. Interessante que, na primeira ida e volta, essa rua pareceu-me longa, demorada. Na segunda vez, a impressão foi oposta. Mais uma prova de que todo percurso torna-se mais fácil na medida em que o conhecemos.

Foi um trajeto mais “dentro” do bairro, em ruas com pouco movimento de carros. Assim foi melhor, pois já estava escuro quando saí. Céu pontilhado de estrelas, com poucas nuvens, banhadas na claridade de uma grande lua cheia*.

Tempo de hoje: 1h 21min.

* É a maior aproximação da lua desde 1993. Segundo os astrônomos, só voltará a aparecer uma lua tão grande assim em 2029. Terei quase vinte anos a mais.