sábado, 28 de janeiro de 2012

Diário da estrada – 17, 19, 21, 24 e 28 de janeiro de 2012

Terça-feira, 17 de janeiro de 2012 – Eu já estava com um pouco de fome, quando vi que era hora de sair. Então, fiz o que chamo de um “minilanche” – comi duas colheres de farofa (de soja), duas de melado, e meia banana amassada. Faltaram uns goles de leite de soja, porque estou sem em casa. Bem, isso ajudou, mas não acabou com a fome. Com certeza, foi por esse motivo que, durante a corrida toda, senti-me meio sem energia. O começo foi lento, mas no final já estava com um ritmo melhor. Fiz uma longa ida e volta, pegando o início da rua que sobe em direção à praia.

Uma boa corrida na claridade do final do dia.

Tempo de hoje: 58min.

Quinta-feira, 19 de janeiro de 2012 – Saí bem cedo. O céu havia começado a clarear, o ar conservava um vestígio do frio da noite, e as ruas estavam bem desertas. Desde o início, senti-me suficientemente disposto para imprimir um bom ritmo, e fui assim até o final. Quando voltei, o sol estava começando a aparecer.

Não foi a corrida mais demorada, mas foi a corrida em que me senti mais bem disposto, desde o início do ano.

Tempo de hoje: 49min.

Sábado, 21 de janeiro de 2012 – Saí no final da tarde. O tempo estava um pouco quente, com um céu meio nublado, mas sem ameaça de chuva. Arrisquei uma corrida até a praia – a segunda desde que voltei a correr. O começo foi lento, mas fui aumentando o ritmo, até que nas últimas centenas de metros (já chegando em casa), experimentei dar uma acelerada. Na verdade, tive a sensação de que o “gás” poderia acabar no meio da acelerada... Mas, felizmente, consegui terminar bem.

O único problema é que havia muito trânsito, o que causou pelo menos uma situação um pouco mais arriscada. (Mas só um pouco.) Com trânsito, assim como à noite, o ideal é moderar o ritmo... O difícil é lembrar isso!

Curiosamente, a corrida de hoje não foi a mais demorada deste ano. Entretanto, percorri uma distância maior, o que se deve ao ritmo mais forte que alcancei. Com certeza, em treinos não muito longos, já consigo alcançar o ritmo que tinha em 2011. Mas ainda preciso recuperar um tanto da antiga resistência.

Tempo de hoje: 58min.

Terça-feira, 24 de janeiro de 2012 – Resolvi correr nesse final de tarde (ao invés de amanhã, como havia planejado). Fiz minha volta básica, só um pouco mais longa do que o comum. Havia uma boa claridade quando saí, e quando voltei ela apenas começava a enfraquecer. Nada se compara ao horário de verão, para fazer corridas.

Se fosse inverno, eu teria saído no escuro – e com frio! Mas tudo bem: terei minha chance de repetir essas experiências, daqui a uns poucos meses...

E chegando em casa, assisti outra vez aos últimos minutos de Rocky Balboa. Começando pela sequência do treinamento, que sempre é inspiradora! J

Tempo de hoje: 48min.

Sábado, 28 de janeiro de 2012 – Acordei com um pouquinho de frio, o nariz meio congestionado... e não muita vontade de correr. Daí olhei pela janela, vi a paisagem tranquila do começo da manhã, e o ânimo apareceu naturalmente. Mas a preparação para sair foi um tanto demorada, de modo que comecei pouco depois das nove, já com o sol começando a esquentar.

O ritmo foi bem moderado – um pouco mais contido, em alguns trechos, mas, na maior parte do tempo, foi o que eu estava disposto a correr. Senti o calor, o tempo todo, mas, curiosamente, hoje não me incomodou muito. Havia bastante gente correndo e pedalando, alguns mais depressa, outros menos, alguns mais equipados, outros menos. De início, pensei em fazer um “longão”, como aqueles de meses atrás, mas ainda não foi possível. Terminando a corrida, até que poderia ter esticado um pouco o trajeto, mas quis chegar logo em casa.

De qualquer modo, foi o trajeto mais longo que fiz neste ano, seguindo até a praia e continuando por algumas centenas de metros na avenida que sobe a partir dali.

Tempo de hoje: 1h 10min.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Cenas da estrada – Olt Valley, Romênia


Por: horia varlan

“Correr é a coisa mais importante que já me aconteceu. É o foco de minha rotina diária, a fonte de tudo. Proporciona um senso de ritmo à minha vida. Não é apenas um jogo ou um esporte, algo à margem da vida, mas parte integrante dela. É um adjetivo... algo que me define.” Allan Ripp, 21 anos*

* Depoimento no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx


domingo, 15 de janeiro de 2012

Diário da estrada – 2, 5, 8, 10 e 15 de janeiro de 2012


Segunda-feira, 2 de janeiro de 2012 – Saí num fim de tarde nublado, mas claro e sem ameaça de chuva. O primeiro assim em vários dias, pois o tempo tem andado meio parecido com o inverno (embora sem aquele frio todo). Eu planejava ir até a praia, mas na metade do caminho percebi que seria demais. Voltei e completei a corrida no trajeto que tenho feito nesses últimos dias, nas proximidades de casa.

Foi um bom treino numa bela tarde. Valeu.

Tempo de hoje: 50min.

Quinta-feira, 5 de janeiro de 2012 – No final de um dia que parecia inclinado a terminar bem, mas que terminou de um jeito meio estressante, saí para a corrida que havia programado. Já era quase noite, e corri a maior parte do tempo no escuro. Fiz um “treino básico para relaxamento” – apenas duas idas e voltas numa longa rua perto de casa. Bem, correr é mesmo uma ótima maneira de relaxar... Hoje, senti-me mais leve, inclusive acelerei mais nas últimas centenas de metros, sem grande dificuldade.

No ano passado, era comum treinos rotineiros durarem mais de uma hora. Neste ano, eu gostaria de manter o tempo, normalmente, abaixo disso. Mas chegará a ocasião em que tentarei fazer uma corrida mais demorada.

Tempo de hoje: 44min.

Domingo, 8 de janeiro de 2012 – Foi uma das corridas em horário mais tardio que já fiz. Lembro que houve outra, e creio que foi mais puxada do que a de hoje. Desta vez, saí pouco depois de nove, pois foi só quando me senti disposto a correr. Fiz o trajeto que tenho repetido nos últimos dias, uma ida e volta um tanto extensa. Senti-me bem mais disposto do que na corrida passada, e o tempo todo mantive um bom ritmo.

Fico pensando se esses treinos mais breves me prepararão para trajetos mais longos, quando eu tentar percorrer algum. Há uns três anos, eu tinha o hábito de correr cerca de meia hora, a cada sábado e domingo – o que, naquela época, me parecia bastante. Em certa altura, aumentei o tempo para uns cinquenta minutos... Acontece que, numa ocasião, ao chegar num ponto onde devia dobrar para a esquerda e voltar para casa, resolvi dobrar para a direita e seguir em direção ao centro da cidade. Foi o começo de um período de algumas semanas, em que ocasionalmente eu repetia esse trajeto. Não era fácil – acontecia de eu fazer paradas, andar algumas centenas de metros no meio ou no final da corrida, ou mesmo interrompê-la e voltar de ônibus. De qualquer modo, descobri que aqueles treinos não muito longos nos finais de semana haviam me preparado para enfrentar um percurso bem maior. (Em seguida cansei, e só voltei a correr em março de 2011.)

Bem, talvez agora eu esteja me preparando do mesmo modo. Na verdade, está sendo melhor, afinal não corro apenas nos fins de semana. Se eu fizer corridas um pouco mais demoradas no sábado ou no domingo, com certeza obterei um preparo que acabará permitindo que eu tente fazer um “longão” como alguns do ano passado.

É o que espero, pelo menos. Mas a verdade é que prefiro que este seja o ano das corridas de 40 a 50 minutos. Creio que gostarei de experimentar uma corrida mais longa, um pouco adiante, mas neste ano vou pensar menos nisso.

Tempo de hoje: 45min.

Terça, 10 de janeiro de 2012 – Saí às oito da noite, mas ainda havia bastante claridade, o que achei ótimo. Estava cansado, mas de repente fiquei com vontade de antecipar a corrida de amanhã. Mantive um ritmo lento, embora seguisse com facilidade, e na volta acelerei um pouco mais. Senti-me muito tranquilo, durante o trajeto todo, de modo que foi um treino bem relaxante. Fiz uma volta um pouco mais longa do que nos dias anteriores. Quando cheguei em casa, já estava ficando escuro.

Tempo de hoje: 52min.

Domingo, 15 de janeiro de 2012 – Acordei tarde e saí no final da manhã. E o sol incomodou mais do que eu esperava... Eu pretendia fazer o trajeto básico que tenho repetido nos últimos dias, mas na volta preferi encurtá-lo. Acabou sendo uma corrida muito breve... Mesmo assim, foi válida.

Tempo de hoje: 31min.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cenas da estrada – Fluminimaggiore, Sardenha, Itália


Por: börkur sigurbjörnsson

“Comecei a correr porque é a coisa certa, verdadeira e justa. No processo, posso estar ajudando artérias, coração e circulação, mas não é essa minha preocupação.” Dr. George Sheenan*

* Chamado de “o filósofo dos corredores” no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx
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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Against the wind, um clássico revisitado

Em 1985, os cantores country Johnny Cash, Waylon Jennings, Kris Kristofferson e Willie Nelson formaram a banda The Highwaymen [Os homens da Estrada]. Em seu primeiro disco, fizeram uma excelente interpretação do clássico de Bob Seger, Against the Wind. (Apenas Cash, Jennings e Nelson participaram.) Perguntei a mestre Gump e ele disse que acha a versão dos Homens da Estrada muito especial!

A letra já foi traduzida e se encontra na segunda postagem deste blog. Um detalhe interessante na versão apresentada aqui é que, em alguns momentos, onde no original o cantor se refere a si mesmo, os highwaymen dizem “nós”. Claro, afinal é a música da vida deles também!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Por que correr?

A resposta mais simples é: porque isso proporciona algo muito importante. Não apenas para a saúde, embora aí esteja uma das vantagens mais perceptíveis. Mas em primeiro lugar, para a vida.

Sim, a corrida pode atender a um anseio fundamental da vida. Nossas vidas precisam de um sentido, e todos já escutamos que uma das melhores maneiras de encontrá-lo é mediante a identificação com algo maior do que nós mesmos. Para mim, a corrida oferece exatamente isso, embora me pareça difícil definir este “algo maior” com que me identifico. Identifico-me com a ideia de que vale a pena calçar os tênis e sair, se não for por mais nada, simplesmente porque pode ser a oportunidade de contemplar um belo entardecer! (E, ao menos em minha opinião, uma das melhores maneiras de contemplá-lo é correndo.)

Claro, também podemos nos identificar com o ideal de uma vida saudável. Afinal, em cada corrida, investimos um pouco mais em nossa longevidade. Porém, no sentido mais profundo, isso equivale a uma simples afirmação de que viver vale a pena. No fim das contas, o mesmo pensamento que ocorre quando se olha o entardecer...

O título desta postagem é também o de um vídeo que encontrei na internet. Além de falar bastante dos benefícios da corrida para a saúde, certamente é inspirado pela visão desse esporte como um verdadeiro caminho de vida.