domingo, 8 de maio de 2011

Diário da estrada – 2, 4 e 8 de maio de 2011

Segunda-feira, 2 de maio de 2011 – Saí com um finzinho de luz azul-marinho no horizonte. Outra vez, constatei que não sinto mais dificuldade no início da corrida. Ao contrário, logo pego o ritmo, sem dores nas pernas, sem sensação de peso. Hoje, variei mais o trajeto, indo e voltando por diversas ruas. Uma ótima corrida numa noite meio fria.

Estive pensando... Acho que, neste fim de semana, será a hora de aumentar o tempo de corrida. Só uns quinze minutos, na ida – e mais quinze, na volta.

Recomecei a levantar pesos em casa, e também estou praticando meditação (meia hora todos os dias). Espero que isso contribua de algum modo para a corrida.

Tempo de hoje: 1h 10min.

Quarta-feira, 4 de maio de 2011 – Resolvi voltar mais cedo, hoje. Achei que a corrida tinha sido muito breve, mas não foi tanto...

Marquei a saída para as seis da tarde, mas me dei conta de que nessa hora já está quase totalmente escuro.

Prefiro mil vezes o horário de verão.

Tempo de hoje: 40min.

Domingo, 8 de maio de 2011 – Realizei hoje o meu terceiro GRANDE PASSO!

O dia terminou, e eu ainda não havia corrido. Estava completando meu terceiro dia parado, e bastante aborrecido. Logo que escureceu, olhei para o relógio e perguntei a mim mesmo: “É assim que quero terminar o fim de semana?” Foi quando aconteceu o que eu nem esperava mais: animei-me, calcei os tênis e saí.

Pela primeira vez, saí com vontade de forçar o meu limite. Tive a sensação de que estava pronto para isso, e assim fui em direção à praia. Hoje era dia do “longão” de fim de semana, e já que não o havia cumprido de manhã, talvez pudesse fazê-lo agora. Depois de uma extensa subida, cheguei na avenida que segue para a praia, e consegui percorrê-la seis vezes, fechando três idas e voltas. As duas primeiras foram relativamente fáceis; na última, as pernas ficaram pesadas, e durante o resto da corrida precisei administrar isso. Mas não foi algo excessivamente árduo, foi apenas uma questão de... paciência. Nos últimos quinhentos metros, cheguei a reduzir o ritmo até uma caminhada ligeira, mas os joelhos começaram a doer e isso me obrigou a acelerar outra vez. Enfim, cheguei em casa! Parar na porta de casa, procurar a chave, entrar, acender a luz, beber três (maravilhosas) xícaras de água, ir até o quarto cantarolando o tema do "Rocky", e conferir a hora...

Rapaz, valeu a pena. É verdade, teria sido melhor sair de manhã, ou então no final da tarde (lembro que estava fazendo um entardecer incrível), mas... nesse caso, eu teria “seguido as regras” e aumentado o tempo, no máximo, em uns vinte minutos. Em vez disso, fiz uma corrida por impulso, e acabou sendo ótimo. Até um minuto atrás, estava com o alto das panturrilhas amortecido, uma sensação de começo de câimbra, mas agora percebo surpreso que está passando. Ou seja, nem mesmo me machuquei.

A questão é: estarei disposto a repetir isso no próximo fim de semana? Esta nova marca será um estímulo ou se tornará um fardo? Minha vontade é repetir a dose, e acredito que a corrida de hoje servirá de base para as próximas. Mas é o tempo que irá decidir.

E para terminar: esta corrida é dedicada ao mestre Gump.

Tempo de hoje: 2h 38min.