terça-feira, 31 de maio de 2011

Diário da estrada – 27 e 29 de maio de 2011

Sexta-feira, 27 de maio de 2011 – Saí às seis e vinte da manhã, com um vento gelado batendo de frente em mim. Vestia duas camisas, o que protegeu o bastante, mas por um momento lamentei não estar de calça comprida. Felizmente, logo enveredei por outras ruas, com menos ventania, e a corrida ficou mais agradável. Fiz algumas pequenas voltas, enquanto o dia clareava, e segui para casa.

Tempo de hoje: 49min.

Domingo, 29 de maio de 2011 – Eram apenas cinco e dez da tarde quando saí, e o sol já se preparava para sumir. Ainda aproveitei um tanto de luz, mas acabei fazendo a maior parte da corrida no escuro mesmo. Segui o mesmo trajeto do domingo passado, mas só avancei até metade do caminho; fiquei nos arredores da praia, indo e voltando por um tempo, até que – antes de me cansar demais – retornei para casa.

Não senti frio pra valer, mas a temperatura incomodou um pouco. Outra vez, precisei me concentrar a maior parte do tempo no chão, a fim prevenir acidentes – e isso não impediu uma pisada em falso, que por sorte não resultou em nada. Desde que meu condicionamento melhorou, tenho corrido mais “solto”, e isso pode ser perigoso. Já aprendi que, à noite, é preciso correr devagar – o resto é tolice.

Assim outro mês acaba, e eu sigo firme na estrada. Esta época de inverno é a mais complicada para correr, por causa dos dias curtos e do frio. Quando o verão chegar, terei mais tempo e disposição, o que será ótimo. Faltam alguns meses, portanto o negócio é tocar em frente, que a coisa vai melhorar.

Tempo de hoje: 1h 57min.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Diário da estrada – 19, 22 e 25 de maio de 2011


Quinta-feira, 19 de maio de 2011 – Nos últimos dias, tenho corrido só para manter a disciplina. Talvez porque continuo saindo no escuro, com o tempo frio, o que não é das coisas mais animadoras. Isto não significa que a corrida não me agrade – mas, este enfoque demasiadamente “pragmático” está me cansando. Meu objetivo não é apenas manter a forma ou cumprir um plano. Correr é mais do que isso.

Estou sentindo falta de correr na luz do dia.

Tempo de hoje: 50min.

Domingo, 22 de maio de 2011 – Fiz uma ótima corrida matinal. Eram seis e quinze quando saí, e o céu estava ainda bastante escuro, embora manchas azul-marinho já se espalhassem no horizonte. Parti pelas ruas desertas, em direção à praia. Em certa altura, as nuvens se tingiram de um azul-chumbo, e depois começaram a clarear. Quando clareou pra valer, eu já estava subindo a longa avenida que tem início perto da praia. Um sol grande e alaranjado se destacou no horizonte – e demorou um tanto para esquentar. Como faço há algum tempo, saí com duas camisas, e não foi nenhum exagero, embora não estivesse frio. Bem depressa cheguei no final da avenida, satisfeito porque ainda me sentia bem disposto. Desta vez, dobrei à esquerda e segui em frente, continuando por mais algumas centenas de metros. Em certo momento, perguntei a uma pessoa que horas eram – apenas sete e doze, o que significava que nem uma hora havia se passado! Mas eu esperava por isso, pois estava mantendo um bom ritmo e o trajeto parecia ter “encurtado”, em comparação com semanas atrás. Enfim, continuei até chegar a outra bifurcação. Naquele ponto, posso simplesmente dobrar à esquerda outra vez e pegar uma longa reta que vai direto até em casa. Como isso deixaria a corrida mais breve, fiz meia-volta e retornei pelo mesmo caminho. Agora, com sol batendo no rosto, o que dificultou a visão e deixou as coisas meio perigosas – havia algum trânsito e carros passavam zunindo ao meu lado. Enfim, retomei a avenida que conduz para a praia. Aquela disposição toda havia acabado, em parte talvez por algum efeito psicológico da volta – senti as pernas mais pesadas, como que meio amortecidas, mas nada tão intenso como em algumas corridas de semanas atrás. Ocorreu-me que é uma sensação comum quando se corre por um tempo mais longo; basta ter paciência e ir tocando em frente, concentrando-se em cada novo trecho, sem ansiar pelo final. Cheguei na altura da praia, peguei a estrada que desce até em casa, e então – sem grandes sacrifícios – a corrida terminou.

Não repeti o tempo do domingo retrasado – duas horas e trinta e oito minutos – porque saí sem meu relógio. Se tivesse marcado no despertador, certamente teria seguido até escutá-lo. Em vez disso, avancei até o que me pareceu um limite natural do trajeto – aquela segunda bifurcação –, não mais me preocupando em completar um tempo específico. Em todo caso, venci outra vez a marca das duas horas, e tenho certeza que estou consolidando uma nova etapa nas corridas.

Tempo de hoje: 2h 13min.

Quarta-feira, 25 de maio de 2011 – Saí às sete da noite, meio sem saber o que faria. Acho que estava até meio inclinado a correr pouco. Acontece que engrenei um ritmo acelerado e fiz duas idas e voltas longas, ampliando em uns duzentos metros o caminho que estou acostumado a percorrer. Hoje, saí “disparado”, saltando do asfalto para a calçada, da calçada para o asfalto, respirando forte e suando muito. O mais bacana é que mantive esse ritmo o tempo todo, desde o começo até parar em casa, embora em alguns trechos a velocidade diminuísse um pouco.

Saí com uma camisa só, e nos últimos quinhentos metros senti frio.

Agora, acho que é uma boa hora para “pisar no freio”, voltar às corridas lentas, porque afinal o ritmo de hoje ainda não é sustentável em um trajeto mais longo. Além do quê, correr nesse ritmo à noite é meio perigoso – não por causa do trânsito, que estava escasso, mas porque enxergar o chão fica mais complicado.

Mas que foi uma ótima corrida, foi.

Tempo de hoje: 1h 20min.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Diário da estrada – 13, 15 e 17 de maio de 2011

Sexta-feira, 13 de maio de 2011 – Pensei que a longa corrida do último domingo não havia impactado muito em minhas pernas, mas me enganei. Até quarta, não tive a menor possibilidade de correr. Na quinta, senti-me bem, mas preferi esperar mais um dia. Enfim, hoje me senti totalmente recuperado, e dei umas poucas voltas no bairro, para acabar com o jejum de vários dias.

Tempo de hoje: 1h

Domingo, 15 de maio de 2011 – Eu planejava registrar hoje uma repetição da corrida do último domingo, mas choveu o dia inteiro e o frio continuou até a noite. Fiz o lanche muito tarde, de modo que só me senti disposto depois das sete, quando não havia mais condições para uma corrida demorada. Saí só para não perder o dia, fiz uma ida e volta não muito extensa, e decidi voltar.

Vesti uma calça de moleton, o que se revelou totalmente desnecessário e um motivo de desconforto – pois logo comecei a suar. Não sei se teria sido bom vestir três camisas, em vez das duas regulamentares. No final das contas, acho que meu resfriado não vai nem melhorar nem piorar depois desta corrida.

Mas, finalizando: foi bom ter saído!

Tempo de hoje: 36min.

Terça-feira, 17 de maio de 2011 – Saí às seis em ponto, um pouco depois do que planejava. O céu estava escurecendo, e logo ficou completamente escuro. Não estava muito frio, desta vez, e senti-me disposto para correr mais. Fiz duas idas e voltas, o dobro de ontem. Para minha surpresa, comecei a sentir um certo mal-estar no fim. Parecia ser o efeito do lanche desta tarde, que foi um pouco depois da hora. Mas, por que só me enjoei perto do término da corrida? Deixa pra lá.

Tempo de hoje: 1h 15min.

domingo, 8 de maio de 2011

Diário da estrada – 2, 4 e 8 de maio de 2011

Segunda-feira, 2 de maio de 2011 – Saí com um finzinho de luz azul-marinho no horizonte. Outra vez, constatei que não sinto mais dificuldade no início da corrida. Ao contrário, logo pego o ritmo, sem dores nas pernas, sem sensação de peso. Hoje, variei mais o trajeto, indo e voltando por diversas ruas. Uma ótima corrida numa noite meio fria.

Estive pensando... Acho que, neste fim de semana, será a hora de aumentar o tempo de corrida. Só uns quinze minutos, na ida – e mais quinze, na volta.

Recomecei a levantar pesos em casa, e também estou praticando meditação (meia hora todos os dias). Espero que isso contribua de algum modo para a corrida.

Tempo de hoje: 1h 10min.

Quarta-feira, 4 de maio de 2011 – Resolvi voltar mais cedo, hoje. Achei que a corrida tinha sido muito breve, mas não foi tanto...

Marquei a saída para as seis da tarde, mas me dei conta de que nessa hora já está quase totalmente escuro.

Prefiro mil vezes o horário de verão.

Tempo de hoje: 40min.

Domingo, 8 de maio de 2011 – Realizei hoje o meu terceiro GRANDE PASSO!

O dia terminou, e eu ainda não havia corrido. Estava completando meu terceiro dia parado, e bastante aborrecido. Logo que escureceu, olhei para o relógio e perguntei a mim mesmo: “É assim que quero terminar o fim de semana?” Foi quando aconteceu o que eu nem esperava mais: animei-me, calcei os tênis e saí.

Pela primeira vez, saí com vontade de forçar o meu limite. Tive a sensação de que estava pronto para isso, e assim fui em direção à praia. Hoje era dia do “longão” de fim de semana, e já que não o havia cumprido de manhã, talvez pudesse fazê-lo agora. Depois de uma extensa subida, cheguei na avenida que segue para a praia, e consegui percorrê-la seis vezes, fechando três idas e voltas. As duas primeiras foram relativamente fáceis; na última, as pernas ficaram pesadas, e durante o resto da corrida precisei administrar isso. Mas não foi algo excessivamente árduo, foi apenas uma questão de... paciência. Nos últimos quinhentos metros, cheguei a reduzir o ritmo até uma caminhada ligeira, mas os joelhos começaram a doer e isso me obrigou a acelerar outra vez. Enfim, cheguei em casa! Parar na porta de casa, procurar a chave, entrar, acender a luz, beber três (maravilhosas) xícaras de água, ir até o quarto cantarolando o tema do "Rocky", e conferir a hora...

Rapaz, valeu a pena. É verdade, teria sido melhor sair de manhã, ou então no final da tarde (lembro que estava fazendo um entardecer incrível), mas... nesse caso, eu teria “seguido as regras” e aumentado o tempo, no máximo, em uns vinte minutos. Em vez disso, fiz uma corrida por impulso, e acabou sendo ótimo. Até um minuto atrás, estava com o alto das panturrilhas amortecido, uma sensação de começo de câimbra, mas agora percebo surpreso que está passando. Ou seja, nem mesmo me machuquei.

A questão é: estarei disposto a repetir isso no próximo fim de semana? Esta nova marca será um estímulo ou se tornará um fardo? Minha vontade é repetir a dose, e acredito que a corrida de hoje servirá de base para as próximas. Mas é o tempo que irá decidir.

E para terminar: esta corrida é dedicada ao mestre Gump.

Tempo de hoje: 2h 38min.

domingo, 1 de maio de 2011

Turn! Turn! Turn!

Uma das coisas legais no filme “Forrest Gump” é a trilha sonora, composta por diversos clássicos da música norte-americana.

Uma dessas canções é “Turn! Turn! Turn!”, do The Byrds. Ela sintetiza com perfeição o filme e a própria vida.

Encontrei no youtube uma montagem do clipe de 1966 com cenas do filme. Ficou ótimo.

Confira o vídeo aqui

Turn! Turn! Turn!, do The Byrds