terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Diário da estrada – 17, 20, 22, 26 e 29 de janeiro de 2013


Quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 – Uma das saídas mais tardias. Eram nove da noite. Fiz uma ida e volta não muito extensa. Estava com um bom pique, acelerando mesmo.

Tempo de hoje: 40min.

Domingo, 20 de janeiro de 2013 – Saí no meio da tarde. Bastante sol, o que dificultou um tanto, mas o céu estava meio nublado e isso ajudou em alguns trechos.

Tempo de hoje: 41min.

Terça-feira, 22 de janeiro de 2013 – Uma ida até a locadora para devolver um filme. Na volta, encurtei um pouco o caminho. Saí um pouco mais tarde do que queria, e quando terminei já estava ficando escuro.

Tempo de hoje: 27min.

Sábado, 26 de janeiro de 2013 – Saí no final da tarde, corri um tempo com claridade, mas os trechos finais já no escuro. Outra vez, aproveitei para devolver um filme. Fiz meu trajeto básico, com uma breve parada naquela praia mais perto de casa. Eu havia lanchado há pouco tempo, então mantive um ritmo bem moderado. Senti certo peso no estômago o tempo todo, mas felizmente foi só isso.

Tempo de hoje: 47min.

Terça-feira, 29 de janeiro de 2013 – Mais uma corrida no fim da tarde. Fui subindo em direção ao bairro vizinho. Em certa altura, peguei uma rua à direita, esperando continuar por aquele caminho alternativo que descobri semanas atrás. Mas acho que foi a rua errada; segui até o final, fiz uma curva, daí voltei por outra rua e terminei pouco além de onde havia entrado. Subi mais um tanto, até que cansei e resolvi voltar.

A volta foi mais longa. Animei-me mais, fui até a altura da praia, depois acompanhei a estrada, avançando até o supermercado. Comprei um pacote de wafer e vim mastigando até chegar em casa.

Acabou sendo a corrida mais longa desta segunda metade do mês. Apesar da esticada da volta, senti-me o tempo todo meio desenergizado. Mas esta corrida foi uma ótima maneira de encerrar a tarde.

Tempo de hoje: 1h 5min.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cenas da estrada – Shandon, Califórnia, Estados Unidos


Por: Hey Paul

“Para mim, correr não é algo fatigante ou enfadonho, mas uma alegria que não me exige qualquer esforço. Fort Defiance fica na reserva dos índios navajos, a mais de dois mil metros de altura. Estamos num canyon cercado por montanhas, árvores e arbustos. Correr quando está nevando é emocionante. Há muitos lugares por onde se correr aqui, o ar é puro, não existe tráfego. Ninguém pode sentir-se entediado ao correr num lugar assim. Prefiro correr enquanto o sol ainda começa a surgir. A esta altura, já está bastante claro, vai-se ficando aquecido, o corpo inteiro se sente bem. É simplesmente maravilhoso!” Janis Taketa*

* Depoimento no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Diário da estrada – 1°, 5, 10 e 15 de janeiro de 2013

Quarta-feira, 1° de janeiro de 2013 – Céu cinzento, tempo chuvoso, e uma corrida até o bairro vizinho.

Tempo de hoje: 41min.

Sábado, 5 de janeiro de 2013 – Hoje acordei bem cedo. Pouco antes de clarear, caiu uma chuva rápida, e logo em seguida saí para correr. Naquela hora, o ar estava repleto de uma claridade amena, o asfalto úmido tinha um perfume muito agradável, e tudo isso tornou a corrida mais especial. Primeiro subi por uma longa rua, e ao retornar avancei algumas centenas de metros em direção ao sul da ilha. Cheguei até o começo da praia que leva o nome do bairro vizinho (é possível avistá-lo ao longe, e uma vez segui pela estrada até lá). Havia só uma ou duas pessoas naquela hora.

Assim que cheguei em casa, começou a cair uma garoa.

Tempo de hoje: 50min

Quinta-feira, 10 de janeiro de 2013 – Cedo, quando o sol acabava de aparecer e tingia tudo com uma claridade levemente dourada, avancei algumas centenas de metros em direção ao sul da ilha, até subir a ladeira que conduz à Casa de Retiros. Voltando, percorri umas poucas ruas até chegar em casa.

Tempo de hoje: 50min.

Terça-feira, 15 de janeiro de 2013 – Saí quando apenas começava a clarear. Eu havia acordado bem cedo e feito uma boa refeição – por isso, tive que seguir num ritmo moderado. O céu estava encoberto, o ar bastante fresco, e isso deixou o treino mais agradável. Primeiro fiz minha ida e volta básica, depois acrescentei algumas centenas de metros seguindo pela estrada que vai para o sul da ilha. Cheguei no começo da ladeira que vai para a Casa de Retiro, e dali voltei.

Tempo de hoje: 1h 1min.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cenas da estrada – Wingaersheek beach, Massachusetts, Estados Unidos


Por: Muffet

"Ainda posso recordar nitidamente a ocasião em que, menino ainda, corri descalço pela areia úmida e firme à beira do mar. O ar ali possuía uma qualidade especial, como que dotado de vida própria. O barulho das ondas quebrando na praia abafava todos os demais. Fiquei espantado, quase assustado, pelo tremendo excitamento que uns poucos passos podiam criar. Foi um momento intenso de descoberta de uma fonte de energia e beleza que jamais sonhara anteriormente que pudesse existir... O senso do exercício é um senso extra ou talvez uma combinação sutil de todos os outros." *

* Roger Bannister, primeiro homem a correr a milha em menos de quatro minutos, no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Holly holy, de Neil Diamond


Acho que foi em 1994 que ouvi Neil Diamond pela primeira vez. Eu escutava a rádio Antena 1 quando esta música começou a tocar. Achei extraordinária – e com tempo, tornou-se minha música preferida de meu cantor preferido. Continuo ouvindo com frequência esta canção, inclusive algumas vezes antes de sair para uma corrida, ou então logo depois de voltar (junto com Against the Wind, é a coisa mais inspiradora que conheço para essas horas). Com algumas imagens muito fortes, Neil Diamond criou um hino à própria vida.

Abaixo seguem a letra da música e em seguida links para conferir três versões dela. A primeira é a original, que tocou no rádio naquele dia memorável de 1994. A segunda é uma apresentação de 1971 – é razoavelmente parecida com outra, a mais espetacular de todas, que foi realizada num show do ano seguinte (mas escolhi a de 71 porque o show não foi filmado, e eu quis mostrar imagens ao vivo do cantor no início de sua carreira). O terceiro vídeo também é de uma performance ao vivo, agora com mais de 40 anos de estrada, em 2010.

Isto é o que mais me admira neste cantor: depois de tanto tempo gravando discos e subindo em palcos, ele demonstra o mesmo entusiasmo dos primeiros anos. (Esta é uma característica de outros cantores e cantoras também. Mas poucos a deixam transparecer de modo tão nítido quanto Neil Diamond.) Daí fico pensando: é exatamente o estado de espírito que eu gostaria de manter ao longo dos anos! Não seria ótimo continuar correndo por algumas décadas, e ainda sentir tanto gosto por isso como sinto agora? É a mensagem que os veteranos da música transmitem com sua paixão: que a vida pode ser vivida desse jeito.


Holly holy, de Neil Diamond
 

Holly holy eyes
Holly Holy, visão
Dream of only me
Sonho só meu
Where I am, what I am
Onde estou, o que sou
What I believe in
O que acredito
Holly holy

Holly holy dream
Holly holy, sonho
Wanting only you
Querendo só você
And she comes
E ela vem
And I run just like the wind will
E eu corro como o vento
Holly holy

Sing a song
Cante uma canção
Sing a song of songs
Cante a canção das canções
Sing it out
Cante alto
Sing it strong
Cante forte
Yeah
Yeah

Call the sun in the dead of the night
Chame o sol na hora morta da noite
And the sun's gonna rise in the sky
E o sol se erguerá no céu
Touch a man who can't walk upright
Toque um homem que não pode andar
And that lame man, he's gonna fly
E aquele homem caído, ele voará
And I fly, yeah
E eu voo, yeah
And I fly
E eu voo

Holly holy love
Holly holy, amor
Take the lonely child
Abrace a criança solitária
And the seed
E a semente
Let it be filled with tomorrow
Deixe-a estar repleta de amanhã
Holly holy

Sing a song
Cante uma canção
Sing a song of songs
Cante a canção das canções
Sing it out
Cante alto
Sing it strong
Cante forte
Yeah
Yeah

Call the sun in the dead of the night
Chame o sol na hora morta da noite
And the sun's gonna rise in the sky
E o sol se erguerá no céu
Touch a man who can't walk upright
Toque um homem que não pode andar
And that lame man, he's gonna fly
E aquele homem caído, ele voará
And I fly, yeah
E eu voo, yeah
And I fly
E eu voo

Holly holy dream
Holly holy, sonho
Dream of only you
Sonho só seu
Holly holy sun
Holly holy, sol
Holly holy rain
Holly holy, chuva
Holly holy, love
Holly holy, amor





O amor pela corrida


É o título de um ótimo vídeo que encontrei no YouTube. Mostra um grupo praticando corrida em trilhas. O autor, Walt Edwards, apresenta-o com as seguintes palavras: “Uma tentativa de mostrar a beleza simples de correr nas montanhas, em trilhas e na natureza”. Como poderão constatar os leitores deste blog, não resta dúvida de que ele conseguiu.

Embora as paisagens do filme sejam extraordinárias, é importante lembrar que a satisfação que Walt e os companheiros experimentam pode ser vivenciada até mesmo numa corrida pelas ruas. Afinal de contas, correr tem a capacidade de transformar qualquer imagem – nem que seja apenas o brilho do sol batendo nos telhados – em algo especial.

A todos um grande 2013! E ótimas corridas!