sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Diário da estrada – 23, 24, 26, 27 e 30 de dezembro de 2011


Voltando à estrada

Estes quase dois meses foram minhas férias da corrida. Na verdade, eu vinha há um tempo perdendo o pique, e cheguei a pensar que pararia de vez. Isso me incomodava, afinal comecei com a forte sensação de que não perderia mais o hábito de correr. Teria sido “alarme falso”? Apenas um período relativamente breve de prática, e ponto final? Para mim, parece necessário fazer da corrida um hábito mais ou menos regular – do contrário, não teria muito o que escrever neste blog! Bem, mas nestes últimos dias, eu também comecei a ter uma sensação de que não seria tão fácil assim parar de correr. Não só pelo compromisso anterior, mas simplesmente porque pode ser algo tão bom! (Algumas corridas são brabas, mas até a corrida mais difícil parece agradável quando termina.) Acontece que, apesar da relutância em parar, o fato é que eu não retomava os treinos, e os dias iam passando... Daí falei a uma amiga sobre esse impasse e ouvi o seguinte comentário: embora as preocupações do dia a dia tornem a corrida mais difícil, deixar de correr não ajudaria em nada! (As palavras não foram exatamente essas, mas a ideia, sim.) E ela estava certa: correr é uma maneira de deixar a vida melhor, e nunca poderia ser o contrário... Penso até que essa ideia já havia me ocorrido alguma vez, mas foi só então que tive certeza: aquela vontade de não desistir mais dos treinos, que senti desde que retomei esse hábito há meses, nunca acabou. Fiz uma parada mais longa, a primeira desde o começo do ano. E apenas isso!

Nesta altura do campeonato, voltar às corridas é como reencontrar uma parte de mim mesmo, da qual eu não conseguiria mais me desfazer.

Vou retomar um plano que idealizei há uns poucos meses: concentrar-me menos em fazer tempos longos ou percorrer distâncias maiores, e apenas correr. Talvez as corridas se tornem até mais breves, e os trajetos, mais simples. Tentarei fazer das corridas uma ocasião para relaxar, sem outras preocupações além disso.

É isso aí: Gump na Estrada, Ano 2! Obrigado à minha amiga – e também ao mestre Gump, que continuará inspirando este bloguista pelos quilômetros afora!


E fechando o ano...

Sexta-feira, 23 de dezembro de 2011 – Eu tinha que recomeçar hoje. No final da tarde, o céu ficou um pouco mais encoberto, um vento um pouco mais fresco soprou, e isso foi uma ótima oportunidade. Antes que chovesse, saí para uma volta rápida perto de casa.

Corri o tempo todo respirando pelo nariz, em passos curtos, sem pressa. Na volta, já estava suando um tanto – só uma prévia de como seria, se corresse mais tempo.

Mas o trajeto de hoje foi perfeito, e a duração, suficiente.

Tempo de hoje: 35min.

Sábado, 24 de dezembro de 2011 – Quando saí, no meio da tarde, as ruas estavam bastante molhadas, e caía ainda uma chuvinha fina, que às vezes ficava quase imperceptível, e às vezes o vento deixava mais forte. Eu não sabia exatamente até onde iria, mas como é final de semana, pensei que seria uma boa ocasião para fazer um teste. Comecei seguindo o mesmo trajeto de ontem, e depois resolvi esticar até a praia.

Bem, a ida foi tranquila. Mas na volta, senti dificuldade em acelerar, e acabei avançando num ritmo quase de caminhada. Em certa altura, o vento (e a chuva) aumentou um tanto, chegando até a causar um pouco de frio.

Hoje saí vestindo apenas uma camisa, já que o clima não parecia ruim. Esqueci que, meses atrás, eu havia concluído que o ideal é sempre vestir duas. Percebo agora que, daqui por diante, será melhor cumprir esse plano.

Enfim, valeu a pena ter saído! Preciso recuperar muito do antigo condicionamento. Mas acredito que não será tão difícil assim.

Tempo de hoje: 1h 17min.

Segunda-feira, 26 de dezembro de 2011 – O céu ficou um pouco nublado por volta do meio-dia, e foi quando resolvi sair. Fiz uma corrida breve, só um pouco mais extensa que a do dia 23. As pernas estavam um pouco doloridas, por causa da última corrida, o que não deixou de me surpreender. De qualquer modo, terminei o treino de hoje sentindo-me bem.

Isto não significa que foi muito fácil. Durante o trajeto inteiro, senti um certo peso – em nenhum momento experimentei aquela sensação de leveza que é o auge de uma corrida. Mas, demorei semanas para alcançá-la, na época em que comecei, e agora é natural que demore um pouco, depois de quase dois meses parado.

Ah, saí vestindo duas camisas. Ficou um pouco quente, mas isso é tolerável. O importante é evitar sentir frio!

Tempo de hoje: 45min.

Terça-feira, 27 de dezembro de 2011 – A corrida de hoje foi o oposto da de ontem. Durou o mesmo tempo, mas a experiência foi muito diferente. Bem melhor! No final da tarde, senti uma repentina vontade de correr. Pareceu-me que uma corridinha tranquila seria uma ótima maneira de terminar o dia. Quando saí, sentia-me muito relaxado, e foi nesse estado de espírito que fiz o trajeto, quase igual ao anterior. Eu havia lanchado há umas duas horas, e por alguns minutos isso me afetou um pouco, mas depois passou. Em vários trechos, corri com os braços bem estendidos, como se estivesse passeando. No final, estava um pouco mais acelerado, mas ainda com uma ótima disposição.

Há ainda um vestígio de dor nas pernas, mas nada que incomode.

Este é o tipo de corrida que eu gostaria de fazer em 2012.

Tempo de hoje: 45min.

Sexta-feira, 30 de dezembro de 2011 – Uma corrida pela manhã. No começo, estava um pouco quente, mas depois o céu ficou mais encoberto e o clima, mais agradável. Na volta, em certa altura, precisei fazer amizade com uns cachorros que alguém deixou soltos na rua, e que não estavam querendo dar passagem. Isso exigiu uns poucos minutos, mas não sei exatamente quantos.

E esta foi a última corrida do ano!

Tempo de hoje: +/- 42min.