domingo, 29 de abril de 2012

Diário da estrada – 21, 26 e 29 de abril de 2012

Sábado, 21 de abril de 2012 – Saí no final da tarde, ainda com o céu bastante claro, desci em direção à praia e voltei pela faixa de areia. Segui até a altura do bairro vizinho, onde a faixa de areia se alarga bastante, e depois avancei um pouco além, chegando ao ponto onde já podia ver claramente o bairro seguinte. Mas começava a escurecer e precisei voltar. Peguei a avenida (aquela que vai até o terminal de ônibus), e enfim a longa rua até meu bairro.

No final das contas, não pareceu uma corrida tão longa, mas ainda assim demorou...

Tempo de hoje: 1h 42min.

Quinta-feira, 26 de abril de 2012 – Nos últimos dias me concentrei demais em algumas tarefas, e isso dificultou correr. O tempo também esfriou, ficou chuvoso, e uma ou duas vezes desisti por causa disso. Bem, hoje finalmente saí. Não que o tempo tenha melhorado, mas pelo menos as tarefas deram um descanso... Já estava escuro, as ruas estavam molhadas e o ar continuava frio. Corri numa longa rua aqui perto de casa, e antes de completar duas voltas preferi retornar. Pensei que a corrida seria muito breve, mas surpreendentemente até que rendeu um tanto.

Tempo de hoje: 43min.

Domingo, 29 de abril de 2012 – Resolvi fazer uma postagem do blog de meditação logo depois de acordar, por isso demorei um pouco a sair para a corrida. O céu estava encoberto com um tapete de nuvens clarinhas, cujo tom ficava entre um leve cinza ou azul. Parecia descansar da chuva de ontem, satisfeito pela molhação que fez nas ruas. Por algum tempo, eu havia cogitado a ideia de fazer um treino mais longo, mas dormi pouco e um certo cansaço acabou se impondo. Fiz meu trajeto básico, a que acresci algumas dezenas de metros numa direção ou em outra, mantendo quase o tempo todo um ritmo bastante contido. Um detalhe interessante desta corrida foi que, logo no começo, passei por um casal idoso que vinha em sentido contrário. E ao longo do trajeto, cruzei com eles mais três vezes – na última, eles vinham outra vez em sentido oposto, quase no mesmo lugar do encontro inicial.

Foi um treino agradável, em que me senti cansado e disposto ao mesmo tempo. Devia ter feito esta corrida ontem, para completar com outra amanhã. Só que a “correria” desses últimos dias, a que me referi no relato anterior, acabou atrapalhando os exercícios, de modo que agora ficarei por aqui mesmo. Até porque ainda restam tarefas a concluir até primeiro de maio.

Tempo de hoje: 56min.

domingo, 22 de abril de 2012

Cenas da estrada – Dhaka road, Bangladesh


Por: -Niloy-

“Correr muito e com bastante esforço é um estimulante ideal, pois é difícil correr e sentir pena de si mesmo ao mesmo tempo. E há também aquelas horas de intensa lucidez que se seguem a uma corrida longa.” Monte Davis*

* Depoimento no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx

domingo, 15 de abril de 2012

Diário da estrada – 3, 6, 10, 12 e 15 de abril de 2012


Terça-feira, 3 de abril de 2012 – Uma boa corrida à noite. Fui devolver um filme na locadora, depois completei com uma volta nas proximidades de casa. Por desatenção, logo antes de sair, eu havia comido duas xícaras de cereais, de modo que precisei manter o ritmo bem vagaroso, a fim de prevenir um enjoo. Outra vez, deu certo.

Correr lentamente é uma ótima maneira de relaxar.

Tempo de hoje: 49min.

Sexta-feira, 6 de abril de 2012 – Eram quatro e meia da tarde quando saí, subindo em direção à praia. Chegando lá, resolvi fazer uma ida e volta na avenida que vai desde a praia até perto do terminal de ônibus (passando em frente daquela academia na qual eu vivia pensando em me inscrever). Terminando essa ida e volta, resolvi fazer outra, e foi naquela altura que, meio sem me dar conta, decidi que tentaria alcançar meu recorde de tempo. E consegui!

Foi uma ótima corrida, numa tarde de vento bastante fresco, com um céu coberto por nuvens cinza. Na segunda ida e volta, já comecei a sentir certo peso (ou melhor, um amortecimento) nas pernas, o que continuou até o final. A partir da terceira ida e volta, e durante o trajeto para casa, foi preciso uma boa dose de paciência. Eu gostaria de ter pensado menos em chegar, mas talvez, a partir de certo ponto, isso seja inevitável. De qualquer modo, mantive um bom estado de espírito, até porque do contrário não teria conseguido completar.

Uma coisa bacana foi parar num restaurante em frente à praia, logo antes de pegar o caminho de volta, comprar três picolés e vir comendo um por um. Com certeza, foi isso que me permitiu chegar ao término da corrida, pois de repente senti uma tremenda sede. (A parada no restaurante demorou uns três minutos, no máximo, de modo que não chegou a quebrar o ritmo da corrida. Mas não deixou de ser uma oportunidade para um descanso.)

Cheguei sentindo uma sensação de câimbra nas panturrilhas, coisa que também aconteceu quando fiz um treino semelhante, no ano passado. Um detalhe interessante é que, naquela ocasião, saí de casa num acesso de empolgação, já pensando em fazer uma corrida mais demorada... enquanto que desta vez, isso ocorreu por puro acaso. Enfim, outro detalhe é que o tempo na primeira vez foi 2h 38min, e o de hoje se manteve quase igual.

Mais uma corrida memorável, que ofereço ao mestre Forrest Gump!

Tempo de hoje: 2h 39min.

Terça-feira, 10 de abril de 2012 – Uma corrida tranquila no friozinho do começo da manhã. Ida e volta breve perto de casa.

Tempo de hoje: 35min.

Quinta-feira, 12 de abril de 2012 – Outra corrida de manhã, bem cedo. Desta vez, não havia nenhum frio. Aumentei um pouco o trajeto: chegando na praia perto de casa, desci até a areia e experimentei seguir por algumas centenas de metros.

Acho que eu nunca havia realmente corrido na beira do mar. Com certeza, nunca em uma manhã bonita como essa. O céu, uma mistura de vermelhos, azuis e brancos em tons suaves, parecia resplandecer levemente com a claridade do sol. A areia molhada formava uma excelente pista e só dava vontade de seguir em frente.

Mas enfim o terreno ficou mais difícil e, como hoje não é o dia certo para uma corrida mais longa, resolvi voltar para casa. Foi uma saída bastante breve, mas me permitiu descobrir um novo e maravilhoso tipo de trajeto, e isso foi demais!

Tempo de hoje: 30min.

Domingo, 15 de abril de 2012 – Fiz uma boa ida e volta, acrescentando umas poucas centenas de metros ao meu percurso básico. (Precisava devolver um filme numa locadora perto de casa.) Saí quando a claridade já se esvaía, e não demorou muito até estar correndo no escuro. O ritmo foi bom, às vezes acelerando um tanto.

Tempo de hoje: 51min.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Cenas da estrada – Deep forest


Por: daniel wehner

“Ted Corbitt integrou a equipe olímpica da maratona em 1952 e dois anos depois tornou-se campeão de maratona dos Estados Unidos. Já competiu em quase 190 maratonas, em muitas corridas de fundo e incontáveis outras de distância média ou curta... o bastante, sem a menor dúvida, para destruir qualquer romantismo em correr. Contudo, quando conversamos, ele me disse, em voz suave e serena:

As pessoas conseguiram encontrar um alívio para as tensões ao correr. É como ter seu próprio psiquiatra. Tem-se várias sensações. Algumas vezes é extremamente divertido. Todos se beneficiam de correr, tanto por maneiras que podem reconhecer como por outras que não chegam a perceber. Algo que quase sempre acontece é uma melhoria considerável do senso do próprio valor. Passamos a aceitar a nós mesmos um pouco melhor.” *

* Citação do livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Running on empty – ao vivo


Em minha opinião, esta música é, depois de Against the wind, o grande hino dos corredores. Ela toca na abertura da sequência de corrida em Forrest Gump e acompanha algumas das cenas mais bonitas desse filme.

A letra com tradução foi postada em 1° de junho de 2011. Agora indico uma apresentação ao vivo do cantor Jackson Browne.