terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Diário da estrada – 17, 19, 22, 27 e 28 de fevereiro de 2012

Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012 – Saí um pouco tarde, por volta de oito e quinze (esqueci de conferir a hora em casa e tive que perguntar a alguém na rua). Segui em direção à praia, e chegando lá fiz uma ida e volta na longa avenida.

Eu havia passado a tarde sem comer nada, e mastiguei apenas dois pedaços de banana antes de sair. Para minha surpresa, isso não atrapalhou. Ao contrário, senti-me bem disposto na corrida inteira, mantendo um ótimo ritmo desde o início. Na volta, comecei a perceber um ligeiro cansaço, mas continuei firme até terminar.

Esta corrida ficou “bem no ponto”. Legal.

Tempo de hoje: 1h 14min.

Domingo, 19 de fevereiro de 2012 – Eram seis e vinte da manhã quando saí, pegando a primeira claridade do dia. Subi em direção à praia, com o plano de fazer algumas idas e voltas naquela longa avenida. Na verdade, confesso que tinha a ideia, muito precipitada, de tentar bater o meu recorde de tempo. Acontece que, assim que cheguei lá, senti que não conseguiria completar nem mesmo uma ida e volta na avenida – os passos haviam se tornado lentos, curtos e pesados... De imediato, esqueci a ideia de bater o recorde, apenas dei um pulo até a praia e iniciei a volta para casa.

Apesar desse cansaço, na volta ganhei mais ânimo e até mesmo acelerei mais em alguns trechos. Já nas últimas centenas de metros, reduzi o passo e mantive um ritmo moderado, regular e bastante confortável. Passei da altura de casa, segui até outra praia, mais próxima, e, depois de uma breve olhada no sol ainda baixo, completei o trajeto pegando uma ventania fresca que batia de frente e curtindo a luminosidade que se espalhava nos gramados e lançava a minha sombra nos muros.

A corrida de hoje, como a anterior, definiu exatamente o tempo que, nesta época, consigo fazer sem gastar demais as “baterias”.

Tempo de hoje: 1h 12min.

Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012 – Uma corrida bem cedo... A luz começava a aparecer, as ruas estavam desertas e silenciosas. Perto da praia (aquela mais perto de minha casa), peguei uma névoa refrescante e muito agradável. Desci algumas centenas de metros pela estrada que segue em direção ao sul da ilha e parei para curtir a vista: o mar, o céu repleto de nuvens avermelhadas... Quando voltei, o dia já clareava.

Tempo de hoje: 42min.

Segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012 – Não me animei para correr nesse fim de semana. Mas saí hoje, quando ainda estava escuro, e fiz uma longa ida e volta. Corri no asfalto, com frequência me deixando ir para o meio da pista, já que não havia trânsito – no início, uma moto passou... e algum tempo depois, um carro... e apenas isso. (Outra vantagem de correr no asfalto, a essa hora, é que faz menos barulho, diminuindo o risco de provocar latidos de cachorros nos quintais.) Voltando, dei um pulo até a praia que fica aqui perto e depois segui as últimas centenas de metros até terminar. Quando cheguei em casa, a escuridão já havia se desfeito e umas poucas pessoas começavam a aparecer.

Foi uma boa corrida, mas confesso que saí, em grande parte, simplesmente porque estava nos planos – digo, deveria ter feito essa corrida no sábado! Senti-me um tanto desconfortável correndo no escuro, o que não costuma acontecer. Mas acho que nunca encontrarei o meu “horário ideal” – é algo que está sempre mudando.

Tempo de hoje: 54min.

Terça-feira, 28 de fevereiro de 2012 – Saí logo depois que escureceu. Fiz a ida e volta básica nas redondezas de casa. Sentia-me um pouco cansado, e mantive um ritmo contido na maior parte do tempo, apenas acelerando nos trechos finais. Mas foi agradável.

Como ontem, tive a sensação de que foi uma corrida breve. No entanto, ao chegar em casa, vi que, outra vez, passou dos cinquenta minutos. Muito bom!

Tempo de hoje: 52min.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Cenas da estrada – Eglinton Valley, Nova Zelândia


Por: Andre Sumara


“Correr é viver! Correr é sentir a vida através de seus músculos...” *

* Por um usuário do You Tube, que se identifica como tekikawa08,
comentando o vídeo Por que correr?”, já divulgado aqui.

Assista ao vídeo no You Tube.

Leia uma postagem inspirada
pelo vídeo, neste blog.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Diário da estrada – 2, 5, 7, 11 e 13 de fevereiro de 2012

Quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012 – Ainda havia bastante claridade quando saí. Não quis correr ontem, e na verdade nem me sentia muito disposto hoje. Mas estava na hora, então fiz uma forcinha...

Comecei muito lento, sentindo-me cansado. Ao longo do treino, fui recuperando o ânimo, e no final (embora a sensação de pouca energia continuasse) alcancei até um bom ritmo. Assim, esta corrida, que pensei que não renderia nada, acabou sendo bacana.

Cumpri o meu trajeto básico, nas proximidades de casa.

Tempo de hoje: 44min.

Domingo, 5 de fevereiro de 2012 – O dia teve alguns aborrecimentos, de modo que saí com a cabeça meio cheia e cabei fazendo uma corrida bastante breve. Segui um percurso diferente, quase em forma de “8”, na direção oposta à dos últimos treinos. Embora estivesse no meio da tarde e o sol incomodasse um pouco, eu poderia até ter estendido o trajeto, mas... senti-me impaciente e resolvi voltar.

Esta foi uma de minhas corridas mais curtas.

Tempo de hoje: 28min.

Terça-feira, 7 de fevereiro de 2012 – No final da tarde, o tempo estava nublado, com um ar razoavelmente fresco. Havia chovido um pouco, e ainda ameaçava chover mais um tanto; e não sei por que, mas isso me deu vontade de correr. Ainda assim, eu não me sentia 100% disposto, pois havia lanchado meio tarde. Desde o início, senti um certo enjoo, que me acompanhou durante toda a corrida.

Mas foi um bom treino. Fiz o meu percurso básico, num ritmo moderado, e que se mostrou muito confortável. O tempo todo, caíram gotas pesadas, bastante esparsas, dando um toque especial à corrida. Enfim, valeu.

Tempo de hoje: 40min.

Sábado, 11 de fevereiro de 2012 – Saí quando a claridade já começava a diminuir, e fiz o meu trajeto básico, nas proximidades de casa. Até que gostei de correr no escuro, coisa que há algum tempo não fazia. Desde o início, senti-me muito disposto, com a sensação parecida a de correr seguindo por um trilho – se isso diz alguma coisa... Por isso, desta vez preferi ficar a maior parte do tempo no asfalto, só de vez em quando indo para a calçada. Na primeira metade do trajeto, mantive um ritmo mais moderado, mas na volta acelerei mais, e até o final imprimi o ritmo mais forte desde que recomecei a correr. Infelizmente, devido ao almoço ter sido meio tarde, ainda sentia o estômago um pouco cheio, e nas últimas centenas de metros isso começou a incomodar. Por esse motivo, e também porque realmente não estava com tanta disposição, desisti de uma ideia que tive no começo, de estender o trajeto até a praia e fazer um treino mais demorado. Não fosse o horário e o estômago, esta teria sido uma ótima oportunidade para uma experiência assim.

Bem, fica para outra!

Tempo de hoje: 39min.

Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012 – Adiantei a corrida que estava marcada para amanhã. Saí num claro fim de tarde e fiz um bom treino debaixo de um céu repleto de nuvens de todos os formatos. Eu estava com uma dor no alto do pé direito, e isso me preocupou um pouco, mas que nada: a dor pareceu sumir durante o treino. (O único problema é que agora estou percebendo que piorou um tanto por causa dele.) Fiz quatro idas e voltas numa rua perto de casa, entre um bom número de outras pessoas que também pedalavam, corriam ou caminhavam. Desta vez, segui no melhor ritmo “devagar e sempre”, só me permitindo acelerar um pouquinho mais perto do término. Nas últimas centenas de metros, uns grãos de areia entraram num tênis e ficaram incomodando. Agora, o outro pé também está machucado, já que eu estava sem meia e vários pontos se esfolaram. Desta maneira, hoje aprendi duas lições: uma, não correr dolorido; e outra, sempre calçar meias!

Tempo de hoje: 1h 3min.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cenas da estrada – Stockwell, Londres, Inglaterra


Por: stuart

“Correr me proporciona a sensação de estar controlando minha própria vida. Sinto que estou fazendo alguma coisa por mim mesma, sem depender de ninguém para isso. Gosto da definição de minhas corridas, do fato de possuírem claramente um princípio e fim: fixo um objetivo e o alcanço. Também gosto do fato de haver uma dificuldade real em correr; quando preciso empenhar-me a fundo para terminar uma corrida, sinto-me maravilhosamente bem depois. Uma boa corrida faz a gente se sentir meio santificada.” Nancy Gerstein*

* Depoimento no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx
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