quinta-feira, 28 de junho de 2012

Diário da estrada – 19, 21, 25 e 28 de junho de 2012

Terça-feira, 19 de junho de 2012 – Saí cedo, com o céu ainda dominado pelo breu. Encoberto de nuvens, não parecia muito disposto a clarear... Fiz cerca de metade do meu trajeto básico, mas ainda suficiente para uma boa aquecida. Quando voltei, o céu havia assumido um tom entre o azul escuro e o lilás.

Outra vez, vesti uma calça jeans velha, e experimentei usar só uma camisa. Não senti frio, mas ficaria complicado se estivesse ventando.

Tempo de hoje: 33min.

Quinta-feira, 21 de junho de 2012 – Ontem foi um dia puxado, a noite foi mal dormida, e passei o dia de hoje com pouca disposição. Ainda assim, quando anoiteceu, senti uma repentina vontade de correr, e então saí. Planejava fazer o trajeto básico, e segui desde o início num ritmo bem tranquilo. Só que, ao passar na frente de um supermercado, fiz a besteira de comprar uma... barra de chocolate. Isto é, a besteira foi experimentar comer o chocolate pelo caminho. Bem, já comi enquanto corria outras vezes, mas desta vez pesou. O estômago ficou dolorido e acabei andando até chegar em casa.

De qualquer modo, mesmo descontando o tempo estimado da parada no supermercado e da caminhada nas últimas centenas de metros, a corrida rendeu um bom aquecimento e por isso valeu a pena. Só não dá para correr e lanchar junto!

Tempo de hoje: +/- 30min.

Segunda-feira, 25 de junho de 2012 – Bem cedo, senti vontade de correr. Eram cinco e quarenta e dois quando saí, então fui subindo por uma rua onde nunca havia passado, e no bairro vizinho desci pela longa avenida, até dobrar à esquerda e voltar pela rodovia, sempre mantendo um bom ritmo. Corri quase o tempo todo no escuro, vendo um brilhante planeta não muito acima do horizonte – provavelmente, Marte. A descida pela rodovia só ficou um tanto desconfortável devido à grande quantidade de veículos que vinham em sentido contrário, mas foi legal mesmo assim. Enquanto eu passava por ali, o horizonte se tingiu de um azul brilhante, depois mudou para alaranjado. Quando cheguei, o céu enfim começava a clarear.

Tempo de hoje: 1h 3min.

Quinta-feira, 28 de junho de 2012 – Eu planejava fazer nove, talvez dez corridas neste mês. Mas completei a primeira quinzena com quatro, e agora resolvi encerrar esta segunda quinzena com quatro também.

Saí logo depois de escurecer e fiz o trajeto básico. Estava com o estômago meio cheio, por isso comecei num ritmo moderado, mas não tardei a acelerá-lo, e continuei assim até perto do final – daí a barriga doeu um pouco, o que me fez reduzir. De qualquer forma, tive a impressão de que havia percorrido o trajeto bem depressa, mas para minha surpresa demorou mais do que em outras ocasiões.

Embora o inverno já tenha começado, o frio ainda não bateu de verdade, o que é ótimo. Continuo num estado de espírito entre “animado” e “burocrático” – encarando os treinos como um misto de obrigação e lazer.

Mas não é sempre assim? (E não só com a prática de um esporte, mas com tudo.) Não se pode depender só de inspiração, para prosseguir em qualquer atividade é preciso forçar a barra de vez em quando.

Concluindo, assim está dez.

Tempo de hoje: 57min.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cenas da estrada – Road on the plato above Cuzco, Peru



“Alguns anos depois de sair da universidade vi-me atormentado por um casamento fracassado e um ferimento na perna. Tinha de enfrentar um divórcio psicologicamente debilitante e as limitações físicas decorrentes de uma operação no joelho. Era um destroço físico e psicológico. Correr pareceu-me uma maneira lógica de fazer com que o joelho voltasse a funcionar normalmente. O dividendo inesperado foi o de também recuperar o controle e a tranquilidade mental.” Rusel Gallop*

* Depoimento no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx


sábado, 16 de junho de 2012

Diário da estrada – 2, 7, 14 e 16 de junho de 2012

Sábado, 2 de junho de 2012 – Hoje apareceu sol, pra variar. No final da manhã, resolvi fazer uma corrida, e saí com a vaga ideia de “esticá-la” um pouco. Acabei fazendo uma longa volta, o maior trajeto que tenho nas imediações de meu bairro. Felizmente, o calor foi suavizado em boa parte do tempo por uma fina camada de nuvens e por um vento fresco que não parava de soprar. Terminei voltando pela rodovia, e naquele trecho precisei manter uma velocidade mais contida, embora não me sentisse demasiadamente cansado.

Enfim, passei por ruas que queria rever desde que reiniciei as corridas, no final do ano passado. Um bom percurso para repetir de tempos em tempos.

Tempo de hoje: 1h 41min.

Quinta-feira, 7 de junho de 2012 – Não pude correr mais cedo, então foi à noite outra vez. Só peguei alguns instantes de claridade, e depois continuei no escuro. Estava frio! Saí com duas camisas e uma jaqueta, e em certos momentos a jaqueta pareceu um pouco demais – mas se não a usasse, com certeza teria sentido falta. Experimentei abri-la uma vez, e o vento logo fez as camisas gelarem... Segui num ritmo moderado, que apenas em alguns trechos acelerou. Fiz uma ida e volta mais longa, depois outra mais curta, para então voltar.

Eu não estava lá muito a fim de sair, mas acabou sendo bom. Sempre é!

Tempo de hoje: 44min.

Quinta-feira, 14 de junho de 2012 – Era pouco depois de seis da manhã quando saí, para encerrar o longo intervalo sem corridas. Fiz uma ida e volta numa longa rua, daí acrescentei outra ida e volta, desta vez na praia aqui do bairro. Não pude correr na beira da água, pois ali o mar havia deixado o terreno inclinado, então segui alguns metros acima, só que naquele ponto a areia era macia demais, e isso me fez avançar num ritmo lento – e cansativo. Ao voltar para o asfalto, senti-me um tanto sem energia, o que deixou a finalização do treino menos agradável.

O importante é que voltei a correr!

Tempo de hoje: 44min.

Sábado, 16 de junho de 2012 – Outra corrida no início da manhã. Desta vez, já estava claro quando saí. Céu meio encoberto por nuvens cor de gelo, o que fazia pensar em chuva, mas as ruas estavam secas. Vesti calça comprida e a jaqueta de ginástica, e nem seria necessário, mas também não incomodou.

E assim vou tocando, mesmo sem “aqueles ânimos”!

Tempo de hoje: 42min.

sábado, 9 de junho de 2012

Cenas da Estrada – Caminho de areia e mar



“À medida que se corre, vai-se enterrando os pés na areia molhada à beira d’água, que cede facilmente. Começamos a pensar no benefício da massagem para a sola dos pés, e logo se está pensando na massagem para a alma, curando todos os males.” Bill Copeland, sobre correr na praia.*

* Depoimento no livro Guia completo de corrida, de James F. Fixx